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domingo, 10 de dezembro de 2017

A CASA TORTA (Crooked House) de Gilles Paquet-Brenner

A História: Após a morte suspeita de um multimilionário, o jovem detective Charles Hayward é contratado pela neta do falecido, com quem teve um caso no passado, para investigar o assunto. Uma vez na mansão da família, ele depara-se com vários personagens, todos eles com boas razões para assassinarem o velho senhor.

O Filme: Parece que Agatha Christie está de novo na moda e ainda bem, pois adoro “whodunits”. Também sempre tive um fraquinho por mansões e a deste filme é enorme, mas não é assombrada. É habitada por um excêntrico grupo de personagens, de língua afiada e com um espírito muito retorcido. Do mais pequeno ao mais velho, nenhum se aproveita. Todos viviam subjugados à vontade do velho multimilionário, mas mesmo assim conseguiram dar personalidade à parte da mansão onde vivem, que é um dos aspectos mais interessantes do filme.
Infelizmente, o detective Charles Hayward é um personagem desinteressante (apesar de Max Irons lhe dar credibilidade e simpatia), o que desequilibra o filme. Não sei como é o personagem na novela de Agatha Christie, mas acredito que ela se tenha divertido muito mais a criar os familiares/suspeitos que vivem nesta casa “torta”. A melhor cena do filme é um hilariante jantar de família, que adorava que tivesse durado mais tempo e onde todo o elenco está no seu melhor.
Entre os familiares estão a sempre “maior que a vida” Glenn Close (se for ela a assassina é demasiado óbvio, não concordam?), uma sensual Christina Hendricks, uma divinal e surpreendente Gillian Anderson, uma perfeita “femme fatale” na pessoa de Stefania Martini, uma super-esperta Honor Kneafsey, um arrogante Julian Sands, um mimado Christian McKay, uma forte Amanda Abbington e um rebelde Preston Nyman.
O trabalho de fotografia fez-me lembrar o “film noir” e, apesar de ter desconfiado da identidade do assassino ou assassina a meio do filme, nunca perdi o interesse. É uma pena que o detective não seja mais cativante e que por vezes a acção se arraste um pouco, mas é um thriller requintado, com humor, mistério e apreciei o final... é retorcido como eu gosto.

Classificação: 6 (de 1 a 10)



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