segunda-feira, 15 de junho de 2015

LISBON PLAYERS JUNE 2015: AND THEN THERE WERE NONE de Agatha Christie

Dez estranhos são convidados para ir passar um fim-de-semana numa ilha, onde descobrem que o seu anfitrião, que ninguém conhece, tem em mente um jogo mortal. Um a um eles vão sendo assassinados e chegam à conclusão que o assassino tem que ser um deles.

AND THEN THERE WERE NONE, também conhecido por TEN LITTLE INDIANS (é o título da versão cinematográfica de 1965), é uma das mais conhecidas obras da grande Agatha Christie. Escrita em 1939, foi adaptada para o teatro uns anos depois e depressa chegou ao cinema. Que me lembre, só vi a versão dos anos 60, que por cá se chamou 10 CONVITES PARA A MORTE. A ideia de a poder ver em palco agradou-me e assim não podia deixar de ver esta nova produção do The Lisbon Players. Ainda por cima adorei o cartaz, que adapta a capa de uma das muitas edições desta novela.

Infelizmente, é com muita pena que tenho que vos dizer que fiquei muito decepcionado. A encenação de Keith Esher Davis é demasiado convencional e tem falta de energia. A acção é muito linear, sem picos emocionais e nem mesmo com os crimes a coisa aquece. Por outro lado senti que é tudo muito levado a sério. Acho que um pouco mais de humor e tensão podiam fazer toda a diferença. Também não percebi qual a necessidade de ser em 3 actos, mas acredito que deve haver uma razão para assim ser.

O elenco é equilibrado, mas as suas interpretações são um bocado “monocórdicas” e ninguém se destaca. Quando a identidade do assassino é revelada, este/a (não vou revelar nada) entra em cena de forma exagerada e a sua interpretação é um bocado “overacting”. Já tinha visto alguns dos actores noutras peças do Lisbon Players e sei que são capazes de melhor.

O facto de ter tido alguma dificuldade com algumas das pronúncias também não ajudou, mas acima de tudo achei que têm material para tornarem esta peça mais interessante e mais empolgante. Isto é um mistério da Agatha Christie, seria bom sentir-se a tensão e o medo dos personagens. Não é uma má peça, mas ia à espera de melhor, muito melhor. Mas o público presente pareceu gostar bem mais do que eu, por isso se calhar o problema é apenas meu. Classificação: 3 (de 1 a 10)

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