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domingo, 2 de março de 2014

UM QUENTE AGOSTO (August: Osage County) de John Wells

Após o desaparecimento e posterior suicídio do patriarca de uma família de Oklahoma, os parentes mais próximos reúnem-se à volta da matriarca Violet com resultados dramáticos, que envolvem segredos de família, sentimentos e ressentimentos.

Baseado numa peça de teatro de Tracy Letts, que também assina o argumento, o filme não consegue esconder as suas raízes teatrais. O que no palco pode fazer sentido, em cinema parece por vezes um pouco exagerado. Não quer isto dizer que estejamos perante um mau filme, nada disso, mas essa teatralidade afasta-nos da realidade das personagens.

Como devem calcular o melhor é o elenco, principalmente as mulheres; bem, isto é um filme dominado pelo sexo feminino. Uma vez mais a única Meryl Streep, como Violet, dá-nos uma interpretação digna de um Óscar e nunca nos deixa de surpreender com o seu enorme talento. A outrora “namorada” de Hollywood, Julia Roberts cresceu e tornou-se uma boa actriz dramática, aguentado o confronto com Streep sem medos. Julianne Nicholson e Juliette Lewis são as outras filhas do casal e, se Lewis continua no seu registo habitual, Nicholson revela-se uma belíssima actriz a quem não têm dado grandes oportunidades. Como a irmã de Violet, Margo Martindale também tem uma interpretação digna de nota. Os homens são bons actores, mas são completamente apagados pelas mulheres.


Ia à espera de um melhor filme, mas mesmo assim vale a pena ir ver, mais que não seja pela presença quase odiosa, patética e forte de Meryl Streep. Classificação: 6 (de 1 a 10)




2 comentários:

  1. Fui ver o filme pelos atrizes e na verdade foi a única coisa de que gostei. A história do ajuste de contas entre pais e filhos está gasta e este filme nada tem de original a nos dar. Mas vou ver todos os filmes da Meryl Streep, portanto não podia falhar este.

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  2. Concordo. Qualquer filme com a Meryl Streep é de visão obrigatória!

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